30 de novembro de 2010

Bullying um mal a combater!

Recebi esse selo da Julinha e não posso deixar de falar aqui sobre esse assunto que é considerado por algumas pessoas de brincadeiras de mal gosto.

-------------------------------------------------------------------------------

A palavra inglesa Bullying ainda não tem uma tradução para o português, mas significa valentão, brigão, ameaça ou intimidação e, embora seja ainda pouco conhecida, refere-se a uma prática freqüente nas escolas.

O primeiro a relacionar a palavra ao fenômeno foi Dan Olweus, professor da Universidade de Noruega. Ao pesquisar as tendências suicidas entre adolescentes, Olweus descobriu que a maioria desses jovens tinha sofrido algum tipo de ameaça e que, portanto, bullying era um mal a combater.

Bullying são todas as formas de atitudes agressivas intencionais e repetitivas que ridicularizam
o outro. Atitudes como comentários maldosos, apelidos ou gracinhas que caracterizam alguém, e
outras formas que causam dor e angustia, e executados dentro de uma relação desigual de
poder que são características essenciais que tornam possível a intimidação da vitima.

O Bullying é um problema mundial, é encontrado em qualquer escola, não restringindo um tipo especifico de instituição. O bullying começou a ser pesquisado a cerca de dez anos atrás na
Europa, quando se descobriu o que estava por trás de muitas tentativas de suicídio entre adolescentes. Geralmente os pais e a escola não davam muita atenção para o fato, que geralmente achavam as ofensas bobas demais para terem maiores conseqüências, o jovem recorria a uma medida desesperada.

Atualmente, todas as escolas do Reino Unido já implantaram políticas
anti-bullying. Os estudos da Abrapia demonstram que não há diferenças significativas entre as escolas avaliadas e os dados internacionais. A grande surpresa foi o fato de que aqui os estudantes identificaram a sala de aula como o local de maior incidência desse tipo de violência, enquanto,
em outros países, ele ocorre principalmente fora da sala de aula, no horário de recreio.

Como os alunos se envolvem?

Segundo pesquisas da ABRAPIA os autores são, indivíduos que geralmente não tem empatia, freqüentemente, pertencem a famílias desestruturadas, nas quais há pouco relacionamento
afetivo entre seus membros. Seus pais exercem uma supervisão pobre sobre eles, toleram e oferecem como modelo para solucionar conflitos, comportamento agressivo ou explosivo.
Admite-se que os que praticam o BULLYING têm grande probabilidade de se tornarem adultos
com comportamentos anti-sociais e/ou violentos, podendo vir a adotar, inclusive, atitudes delinqüentes ou criminosas.

Os alvos são pessoas ou grupos que são prejudicados ou que sofrem as conseqüências dos comportamentos de outros e que não dispõem de recursos, status ou habilidade para reagir ou
fazer cessar os atos danosos contra si. São, geralmente, pouco sociáveis. Um forte sentimento
de insegurança os impede de solicitar ajuda. São pessoas sem esperança quanto às possibilidades
de se adequarem ao grupo. A baixa auto-estima é agravada por intervenções críticas ou pela indiferença dos adultos sobre seu sofrimento. Alguns crêem ser merecedores do que lhes é imposto.
Têm poucos amigos, são passivos, quietos e não reagem efetivamente aos atos de agressividade sofridos. Muitos passam a ter baixo desempenho escolar, resistem ou recusam-se a ir para a
escola, chegando a simular doenças. Trocam de colégio com freqüência, ou abandonam os
estudos. Há jovens, que por extrema depressão acabam tentando ou cometendo o suicídio.

As testemunhas, representadas pela grande maioria dos alunos, convivem com a violência e se calam em razão do temor de se tornarem as "próximas vítimas". Apesar de não sofrerem as agressões diretamente, muitas delas podem sentir-se incomodadas com o que vêem e inseguras sobre o que fazer. Algumas reagem negativamente diante da violação de seu direito a aprender em um ambiente seguro, solidário e sem temores. Tudo isso pode influenciar negativamente sobre sua capacidade de progredir acadêmica e socialmente.

2 comentários:

  1. A prática é bem antiga! na minha época já tinha "Bullyng" mas como vc disse a palavra é nova e até pouco tempo não muito conhencida. Acredito que na época de nossos avós já existia isso. Já fiquei sabendo disso no local de trabalho também.
    Vamos combater o Bullyng.

    ResponderExcluir
  2. Ola, parabens pelo blog!

    Acho esse assunto muito polêmico, visto que muitos pais passam a creditar pequenos e normais conflitos entre criancas e adolescentes como bullying. E embora eu ainda relute em acreditar, existem pais e pessoas sem carater. Na escola onde trabalho há um caso onde a familia burlou dados e fez de um conflito entre adolescente um caso de policia, visando angariar fundos...

    acho que há muito para ser esclarecido para a sociedade e para a legislação brasileira, caso contrario tudo vira bullying.

    bjos e estou te seguindo!

    ResponderExcluir

Seus comentários serão sempre bem vindos!!!!